segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Beijo.

Quem sou eu para falar de beijo? Uns entendem, outros não. Entendem em primeira instância, se acham que é sobre mim; já sabem o que quis dizer com a pergunta inicial. Mas não é sobre isso. Não quero tocar no assunto. Pra quê? As músicas, os livros, os filmes, as pessoas, a pouca vivência, já dão minhas conclusões. Todas minhas conclusões são partidas disso. E o beijo é a palpitação agora. Com o beijo, tudo acaba. É o ponto final. The End. Nos filmes, o beijo, e você já sabe que a sessão terminará. "Mas tem beijo durante o filme...". Beijo sem-graça. Beijo chocho. Ah, blablablá, beijinho. Mas o beijo final, ah, esse é apoteótico. E acaba. Nas músicas, milhares de beijos. Beijos para tudo e para todos. Nos livros, leiam Jorge Amado. As pessoas, observo e me repugno. Casaisinhos apaixonados, bleeerrrrk. "Ai, m'mor, quem é a mais linda?" "Quem é a mais linda, quem é a mais linda, quem é a mais linda? Vocêvocêvocê". Beijo. E um balde pra eu vomitar. Esses nunca pararão pra pensar. Ou para responder a uma pergunta: "Como é que uma coisa que passa zilhões de bactérias, é agonizante, claustrofóbico, e ainda pode terminar com os relacionamentos, os amores platônicos, as amizades e os filmes, pode ser bom?" Sabe por que não respondem? Porque estão passando zilhões de bactérias e terminando com relacionamentos, amores platônicos, amizades e nos filmes, todos estão morrendo no final. Preciso encontrar com os meus Abomináveis. Saudade de vocês.

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